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refs. #22 Viralismo

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os impactos psíquicos da obrigação por viralizar... e alguns links para ir além.

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Andre Alves
e
Lucas Liedke
fev 10, 2023
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— você se sente obrigado a viralizar?

tem algo profundamente estranho e incômodo na internet hoje em dia: o fato de que médicos, artistas, professores ou mesmo psicanalistas são — ou parece que têm que ser — também criadores de conteúdo. até bebês que nem nasceram.. já são influenciadores. a premissa atual é de que exposição é potencial de sucesso. e, se você está se expondo, ou mesmo expondo os outros ao seu redor, é porque alguém está querendo ver. são tempos de VIRALISMO — e essa é a história de como nos tornamos sujeitos com o direito (ou a obrigação?) de viralizar.

VIRALISMO é medir o valor das pessoas de acordo com sua performance nas mídias sociais e confiar na promessa de que todo mundo pode alcançar o Sonho da Megaescala. os marcadores de desempenho online passaram a determinar não só o valor do nosso conteúdo, mas o nosso valor no mercado.

tudo isso muito bem embalado pelo conceito de Creator Economy — um nome bonito para o fato de que produzimos cada vez mais conteúdo, de forma muitas vezes compulsiva e geralmente de graça. na gramática da economia das plataformas, é como fazer uma corrida ou uma entrega, sem cobrar nada por isso. 

podemos até repetir mantras como “a internet não é real”, “é só uma rede social” ou mesmo ótimos posts sobre detox digital. mas a verdade é que a lógica das mídias sociais já está dentro de nós. como um vírus que se apossou do hospedeiro, virou uma aspiração das massas. cerca de 75% dos jovens brasileiros querem ser influenciadores digitais (Nielsen). mas que qual é o impacto disso tudo na nossa subjetividade, nas nossas relações e nas nossas aspirações?

VIRALISMO é saber que qualquer acontecimento público ou pessoal pode ser a sua grande chance de hitar, lacrar, lotar caixas de comentários, chuva de likes. é fazer o possível (e o impossível) para entreter e conquistar a sua audiência, com a sua versão mais autêntica ou mais absurda. mas quais são os limites desse jogo e as consequências de tantas estratégias de awareness e engajamento na nossa vida e na vida dos outros?

como diz a convidada desse episódio, Rita von Hunty, interpretada pelo ator, comediante, palestrante e drag queen Guilherme Terreri Lima Pereira:

“a questão é a velocidade e (como) o aceleramento está intimamente ligado com o choque, com a colisão, com o machucar-se, com o destruir. um carro a 20km/h é capaz de um dano, um carro a 100km/h é capaz de um outro dano. a velocidade com a qual a informação tem sido replicada e consumida faz com que a gente lide com essa violência.”

para ampliar a discussão, seguem abaixo algumas referências que nos ajudam a articular e aprofundar esse tema que vem pulsando na vida de boa parte dos 4,6 bilhões de usuários de redes sociais no mundo:

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