refs. #54: Café com DEUS Psicanálise
a religião pertence ao campo das ilusões? a fé é um mecanismo de alienação psíquica?
enquanto o filme Conclave (2024) viu sua audiência aumentar 283% no streaming nas 24 horas após a morte do Papa Francisco, muitos católicos ou simpatizantes vêm fazendo suas homenagens em reconhecimento ao lado humanista e revolucionário do falecido papa. enquanto fenômeno coletivo, a religião pode despertar o melhor ou o pior de nós… assim como a fé pode mover montanhas ou nos deixar imobilizados esperando que a montanha se mova sozinha.
na psicanálise, Freud não diz que Deus não existe, mas nos convida a pensar em como a religião é uma espécie de neurose coletiva — uma doutrina que pode nos guiar e orientar em direção à transcendência e espiritualidade… ou nos aprisionar em um modelo de controle social… ou mesmo em uma mentalidade de seita; até porque toda religião sempre envolve um exercício de poder.
para complicar, os períodos de grandes incertezas e instabilidade são conhecidos pelo aumento do apelo às religiões, ainda mais no Brasil, onde 90% da população (Ipsos) acredita que Deus ajuda a superar crises.
esse é um pacto coletivo que assegura nossa inserção na cultura e na civilização, e que tenta proteger o ser humano do desamparo existencial. ao mesmo tempo, sabemos que a religião também pode servir justamente para fazer uso e tirar aproveitar do nosso desamparo. aí realmente… é aquele Deus nos acuda.
para expandir a nossa escuta sobre esse tema, convidamos a economista e ativista Alessandra Orofino do podcast Calma Urgente e o psicanalista e professor no Instituto de Psicologia da USP, Gabriel Binkowski.
a seguir, trazemos algumas referências que nos ajudam a se aprofundar no tema:
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