refs. #26 Culpa do quê?
a Culpa que cada um de nós carrega, mas nem entende muito bem... e alguns links para ir além.
— você sente culpa do quê?
a culpa é um sentimento complexo, tão difícil de sustentar que ninguém quer ter. daí, muitas vezes, acabamos no “jogo da culpa”, tentando se livrar do peso. ou então... tendo que lidar sozinhos com com as consequências de alguma coisa que fizemos, que não fizemos ou que deveríamos ter feito.
a culpa vem quando alguma coisa ruim acontece, quando algo não dá certo, quando entramos em conflito uns com os outros. e a pergunta que vem à tona é sempre: — afinal, de quem é a culpa? quem vai levar esse fardo pra casa? vamos culpar o outro, culpar a si mesmo ou compartilhar a culpa?
esse é um impasse que se articula a partir das nossas neuroses, dos nossos valores, da forma como fomos educados, da cultura em que crescemos e da influência de tantos outros afetos que nos habitam. todo mundo sente algum nível de culpa — ou melhor, quase todo mundo. mas tem quem acaba sendo soterrado por esse sofrimento, confundindo culpa com responsabilidade e tendo muita dificuldade de superar esse sentimento.
daí vai ficando pesado demais, esmagando o ânimo do sujeito que fica identificado demais com a culpa. nesse sentido, como a psicanálise pode nos ajudar a enxergar a noção de culpa nos dias atuais? e como podemos avistar uma possível saída dessa caverna psíquica?
a ambiguidade do sentimento de culpa é precisamente o que a torna tão potencialmente danosa e tão difícil de elaborar. a culpa é complexa porque não está relacionada apenas às nossas ações e reações, mas também aos nossos pensamentos, sentimentos e até sonhos.
como diz a convidada do nosso episódio, a psicóloga, psicanalista, supervisora clínica e analista institucional Silvia de Mello e Paiva:
“a culpa surge pela contradição de sentimentos antagônicos, como amor e ódio pela mesma pessoa, quando desejos eróticos insistem em se reapresentar…portanto, a culpa é um sentimento natural. mas todo extremo é prejudicial. e o excesso de culpa pode ser tão prejudicial quanto a falta dela.”
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para ampliar a discussão, seguem abaixo algumas referências que nos ajudam a articular e aprofundar esse que foi dos temas mais pedidos pelos ouvintes do VIBES em ANÁLISE:
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