na última década, a polarização política foi se tornando um assunto cada vez mais complicado: melhor não falar no trabalho, evitar o tema no almoço de família. e na internet? e na análise? essas separações são possíveis? o último episódio do nosso podcast VIBES em ANÁLISE é sobre a grande pergunta: Psicanálise também pode falar de Política?
todo sujeito é profundamente atravessado pelo outro, pelo grande outro, pela cultura….e pela política. 07 de Setembro está logo aí, 02 de Outubro também. temos sido impactados pelos discursos apaixonados dos candidatos, pelo nosso entusiasmo ou preguiça em assistir os debates. e, como era de se esperar, retomamos os conflitos sobre diferenças políticas, partidárias e todas suas variações ideológicas. mas e o que a Psicanálise tem a ver com isso? ela pode nos ajudar a transformar essas relações?
historicamente, muitos analistas e institutos de Psicanálise adotaram uma postura de suposta neutralidade. o que, para alguns, significa um certo encastelamento e alienação do campo social, como se fosse possível praticar e pensar a Psicanálise de forma totalmente isolada da Política.
a Psicanálise, no entanto, pode ser um ótimo recurso, um campo de pensamento, que nos ajude a navegar o ódio, o medo, a intolerância e as vibes pessimistas que pairam no ar… quando o tema é: Política!
para ampliar o debate, escutamos o psicanalista, professor do Instituto de Psicologia da USP e querido Youtchuber Christian Dunker
“no fundo, a grande união entre Psicanálise e Política se dá em torno do desejo. são duas práticas definidas pela recuperação, recomposição e relançamento do desejo. a gente passa os conflitos para a palavra, simboliza, se recria, a gente se transforma nesse processo.”
o que falamos em análise, entre quatro paredes do consultório, é sigiloso e confidencial. e o nosso voto? sim, é secreto… mas cada vez mais somos estimulados nos posicionarmos politicamente. e, se vc é uma figura influente, também é pressionado a fazer isso publicamente. e isso cabe também à figura do analista? como a gente pode lidar com eventuais posições políticas do nosso analista ou dos nossos analisandos? e mais: como será que a Psicanálise se posiciona nesse espectro entre esquerda e direita? aí complicou…
conta nos comentários, o que você achou do episódio?
para fundamentar e ampliar, essas são algumas referências que nos ajudam a pensar em como navegar melhor a política nos dias atuais:
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