bom dia agridoce, J-Lo gate e todo mundo (realmente) odeia o Chris
uma breve seleção de objetos culturais, linguagens, casos e fofocas que você não sabia que queria ficar sabendo.
bom dia no zap: um agrado? vertical de conteúdo? patrimônio cultural?
um novo dia, uma nova vida é possível. a cada amanhecer, milhões de brasileiros iniciam seu dia compartilhando stickers de bom dia em grupos de WhatsApp, um fenômeno que se tornou um rito massivo de positividade, leveza, esperança e, claro, um bom shot de ironia.
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bem que devemos valorizar os rituais autoafirmativos matinais e seu poder de motivar tanta gente na luta diária, ainda mais no Brasil do Brasil. nos últimos meses, dá pra perceber que a internet vem dobrando a aposta na linguagem despretensiosa das mensagens gentis para amplificar um discurso menos orientados pelo aperfeiçoamento e pela positividade desmedida. afinal, tem dias que vão ser difíceis mesmo… pra todo mundo. e tudo bem não estar tudo bem.
nesse contexto, creators como Jacira Doce, Carol Loback, Chef Lili Almeida, Sasha Vilela, entre outras, vem recorrendo a um humor ligeiramente autodepreciativo para nos libertar da tirania do autoaprimoramento. são mensagens de Bom Dia e Boa Semana que nos convidam a encontrar alívio na aceitação dos nossos limites e nas pequenas vitórias…. e não na superação impossível de limites.
em um tempo em que todo mundo que habita a internet virou meio "tia do zap", o Bom Dia e Boa Semana tornaram-se uma vertical de conteúdo focada na libertação: hoje não preciso entregar meu máximo, muito menos “tentar melhor do que já fiz”. vou entregar o que der e, se for pouco, já foi mais que o suficiente.
esses são sinais de um desejo coletivo de menos idealização e mais realismo. ou mesmo uma contratendência daa romantização da vida (da qual falamos semana passada)…?! será que esse realismo deixaria Mark Fisher orgulhoso?! o que importa é que, nesse cenário, até a Ana Maria, sócia-proprietária do clã do Bom Dia, anda meio Regina Rouca: direta, cheia de franqueza, poucas.
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